Brasil aposta em startups para incentivar clima inovador
O Brasil decidiu apostar na indústria do conhecimento. O
governo federal vai financiar R$ 14 milhões em novas iniciativas de
pesquisa, desenvolvimento e inovação por meio do projeto Start-Up
Brasil. O objetivo é apoiar empresas emergentes de software, de serviços
de tecnologias da inovação e microempreendedores de todo o mundo.
A empreitada repercutiu: até o último de inscrições,
nesta sexta-feira, foram registrados cerca de 10 mil downloads. Os
interessados vêm de mais de 30 países diferentes, a maioria dos Estados
Unidos. Logo atrás estão nações da América Latina, como Chile e
Argentina. Segundo dados do Ministério de Ciências, Tecnologia e
Inovação, Londres e Berlim são as primeiras da lista entre as cidades
europeias.
Segundo o diretor de operações do programa, Felipe
Mattos, o Brasil está passando por uma nova etapa empresarial e
intelectual. "Nunca houve um número tão alto de profissionais sendo
graduados ou pós-graduados. Em compração com países que estão saindo de
uma crise, o Brasil está bem no sentido econômico e acadêmico." E 56%
desses jovens profissionais planejam abrir a própria empresa após o
término do curso, apontam pesquisas recentes.
Quem vencer a concorrência do Start-Up Brasil – serão
100 projetos selecionados até 2014 – e ganhar o financiamento, terá que
cumprir o requisito máximo: todas as empresas terão que ser instaladas
no Brasil, mesmo que sejam estrangeiras.
Motivação que vem de quem já está estabelecido
Além da motivação financeira, os jovens empresários terão o apoio de outras microempresas que já conquistaram seu espaço. "Começar nunca é fácil. Mas o interessante é ver que existe espaço para a sua ideia no mercado. Começamos testando direto e eu posso dizer: vale a pena", relatou o Gustavo Gorenstein, fundador da startup Poup, em entrevista para a DW Brasil.
Além da motivação financeira, os jovens empresários terão o apoio de outras microempresas que já conquistaram seu espaço. "Começar nunca é fácil. Mas o interessante é ver que existe espaço para a sua ideia no mercado. Começamos testando direto e eu posso dizer: vale a pena", relatou o Gustavo Gorenstein, fundador da startup Poup, em entrevista para a DW Brasil.
Segundo ele, a empresa foi criada há seis meses e já dá
lucro. Com uma equipe de quatro integrantes, a Poup adotou o sistema
cashback, que devolve porcentagens em dinheiro aos clientes que fazem
compras online com parceiras da microempresa. "Para a nossa geração, o
mercado está aquecido. Hoje, todos têm a oportunidade de abrir uma
empresa."
Já Marcos Roberto Martins, dono da Urbanizo, corretora
de imóveis online que já funciona há dois anos, resolveu ser mais
cauteloso – o que custou bastante tempo e paciência da equipe. "O começo
foi muito difícil. Foram muitas madrugadas em claro, mas os
investimentos vieram rápido, porque as parceiras realmente se
interessaram pelo nosso projeto", relatou. Segundo ele, as startups se
relacionam em um clima mais harmonioso. "Não existe aquela frieza e nem
aquela briga ávida pelo poder das grandes empresas. O objetivo é
automatizar sem que a empresa cresça demais. Nós somos uma família."
Apoio sem limites
De acordo com Virgílio Almeida, do Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovação, os subsídios não se resumem à ajuda financeira inicial. "Se as pequenas empresas escolhidas se mostrarem estáveis no fim do primeiro ano, elas recebem mais R$ 105 milhões das aceleradoras para continuar investindo em seus projetos. Nós queremos fortalecer o ambiente para empresas nascentes de base tecnológica."
De acordo com Virgílio Almeida, do Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovação, os subsídios não se resumem à ajuda financeira inicial. "Se as pequenas empresas escolhidas se mostrarem estáveis no fim do primeiro ano, elas recebem mais R$ 105 milhões das aceleradoras para continuar investindo em seus projetos. Nós queremos fortalecer o ambiente para empresas nascentes de base tecnológica."
O objetivo é aumentar a competitividade das startups na
área de tecnologia de informação no Brasil e sustentar este ecossistema
ativo. "Nós ainda estamos construindo uma cultura de apoio de
investimento neste tipo de empreendimento, a fim de gerar bons negócios e
promover o desenvolvimento econômico do país. Estamos deixando de
apoiar um empreendedorismo de necessidade para abrir espaço para um
empreendedorismo de oportunidades", disse Mattos.
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